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Confira os seis passos para uma
vida financeira mais equilibrada.
Por Bárbara Ladeia - iG São Paulo
O primeiro passo de todos é reconhecer sua situação
1 - Encare a realidade
O primeiro passo de todos é reconhecer sua situação. Tenha
clareza do problema, sejam dívidas ou a necessidade de um aperto nas contas
para uma reserva de emergência. Aline Rabelo, coordenadora do Investmania,
conta que há pessoas que fogem tanto de si mesmas que chegam a deixar de abrir
as cartas de cobrança entregues em casa. “Precisa ter coragem para encarar o
problema”, diz. Analise todas as cartas postas à mesa e pergunte-se quanto terá
de economizar ou qual o tamanho da dívida que terá de pagar. “Só de parar,
observar e colocar tudo na ponta do lápis a pessoa já sente alívio”, explica.
2 - Tenha clareza de objetivos
O mesmo vale para quem está deixando de consumir agora para
realizar um objetivo no futuro. É melhor poupar para um sonho do que perder o sono
pensando em como pagar o compromisso assumido.
Saber a razão de estar poupando ajuda a levar a restrição
orçamentária com tranquilidade por mais tempo. “Isso é fundamental para que
você não fique com a noção de que está perdendo um dinheiro sem motivo”, pontua
a psicóloga. Essa fase também vai passar e, se tudo correr como previsto, em
breve você está realizando um sonho.
3 - Esteja ciente de que
qualquer fase é temporária
Se estiver enfrentando uma crise, como um desemprego ou um
turbilhão de despesas inesperadas, mantenha em mente que isso também vai
passar. Em alguns meses, sua vida estará organizada novamente e os padrões de
consumo poderão ser retomados, ao menos em partes. “Ter consciência de que é um
momento de aperto te ajuda a planejar e principalmente a amenizar um pouco a
sensação de perda”, explica Regina.
4 - Faça um planejamento
Ponha tudo no papel. Quanto você pretende economizar e por
quanto tempo vai fazer a poupança. Lembre-se do planejamento toda vez em que se
sentir o último dos mortais por não ter o celular da moda ou por não sair
naquele sábado à noite. Aline, do Investmania, lembra que é fundamental
identificar quais são os gastos que não podem ser reduzidos. “Em geral, não dá
para mexer em alimentação, transporte e moradia. São os três pontos
primordiais”, sinaliza. O planejamento por escrito também é um compromisso,
funcionando como uma espécie de contrato assinado consigo mesmo.
5 - Não se prive de tudo
Esqueça os radicalismos. Como qualquer reabilitação, você
precisará ir aos poucos até se livrar do vício. Regina lembra que não adianta
se esforçar ao extremo para passar dois ou três meses em restrição máxima das
contas. “É como dieta, depois virá o efeito rebote. O ideal é reduzir a
frequência dos gastos supérfluos”, diz.
6 - Não fuja da riqueza
Se o
orçamento folgou, aproveite, afinal você pode e deve usufruir do seu esforço.
“A gente pode sim aumentar o padrão de vida, mas tem de aumentar igualmente o
tamanho das reservas”, explica Regina, do Gyraser. Se o salário aumentar,
divida igualmente o adicional entre a parte que vai para a poupança e a parte
que entrará no fluxo mensal. “Vivemos em um País onde ter dinheiro e sucesso é
um valor. Não dá para ignorar essa vontade.”